quinta-feira, 28 de maio de 2009

advogado-deputado

ele há uma profissão tão diferente das outras que não só legisla sobre si mesma como ainda legisla de forma a aumentar a procura dos seus serviços.
não tenho nada contra eles, a quem até, como tantos milhares de portugueses, já devo serviços relevantes. mas há coisas naquela profissão que me causam séria perplexidade.
primeiro, são eles que fazem as leis confusas, pouco claras, às vezes com aquele arrecendo de ambiguidade suficiente para lhes dar diversos níveis de leitura. e sendo as leis confusas, pouco claras e ambíguas, necessário se torna o parecer, a argumentação e a habilidade para propugnar por uma interpretação em lugar da outra, conforme o lado em que se esteja da contenda. se as leis fossem apenas as suficientes, lógicas, claras e de um só sentido, a profissão ficaria muito esvaziada de matéria e de procura.
segundo, são eles que legislam sobre a forma de contabilizar os seus proventos e os dos outros e sobre os deveres para com o fisco. e aqui uma coisa curiosa acontece. ao contrário dos médicos que estão isentos de IVA, e por isso - caso o quisessem - lhes é difícil escapar à passagem de recibo, os advogados, mesmo estando mortinhos por passar recibo, estão sujeitos ao IVA. e com isso se oneram de tal modo os honorários, já de si avultados, que só um tolo masoquista exigiria recibo para ter de pagar mais uns largos milhares de euros ou de contos pelo mesmo serviço. e com isso, ainda que o não queiram, escapam estes profissionais a declarar rendimentos suntuosos e a entregar ao fisco a respetiva proporção dos rendimentos reais.
que fique bem claro: não sou contra os advogados. preciso deles como toda a gente num Estado de Direito. e tenho advogados de quem faço questão de ser amigo.
sou é de parecer que existe uma incompatibilidade de base entre ser advogado e deputado. sou contra o ser-se legislador, regulador e decisor em causa própria.

sábado, 23 de maio de 2009

os malefícios do tabaco


além do conhecido efeito protetor sobre a doença de Alzheimer, o tabaco vê reconhecido um efeito benéfico nos doentes deprimidos.
como tudo na vida, o tabaco tem cousas boas e cousas más.
entre as cousas más avulta o ser proibido fumar nos jardins da América.



imagem: poster apresentado ao 162º Annual Meeting da APA, San Francisco, maio, 2009