domingo, 15 de dezembro de 2013

o avô José da Cunha

o avô José da Cunha era um homem engraçado. tinha a testa alta e direita e usava bigode tipo galego, diferente do bigode francês do avô Rodrigues.
não tenho a mínima ideia dele, tinha 2 anos quando ele morreu, mas o que se conta dele e o que se pode analisar dá para entender alguma coisa.
chamava-se apenas "José da Cunha", era um excelente marceneiro, homem de obra grande e resistente. fazia armários que eram autênticas casas. muita da sua mobília ainda hoje subsiste.
trabalhou bastantes anos no Porto e aí convenceram-no a arranjar um nome sonante, mais afidalgado. não era indicado ter só nome e sobrenome, era melhor ter um nome mais comprido. nesse tempo não havia Registo Civil e podia-se alterar o nome em qualquer altura. e, assim, pôde acrescentar ao "José da Cunha" um sobrenome de família: Fernandes.
mas ninguém o conhecia nem por José da Cunha, nem por José da Cunha Fernandes, nem por Fernandes. como era de Guimarães, todos lhe chamavam no Porto o "senhor Guimarães". e vai daí, oficializou o nome por que era conhecido e passou a ser "José da Cunha Fernandes Guimarães". um nome majestoso, como convinha mais ao seu porte.
tinha outras coisas.
aos filhos deu nomes começados por A e por E, e apenas um começado por M:

Adelaide
António
Arlindo
Arménio

Elisa
Ermelinda
Etelvina

Maria

diz-se que impunha respeito.
mas há sempre quem ache que respeito é uma coisa e medo é outra.
certo dia, à mesa da ceia, crescia uma algazarra fora dos critérios de tolerabilidade do meu avô Cunha. o qual, com solenidade bastante, terá dito:
 - não quero ouvir nem mais um pio!!
eis senão quando, se ouve, vinda lá do seu cantinho, a vozinha subversiva da então pequena Ermelinda:
- piiiuuui....

risada geral. dizem que o meu avô, sem perder a compostura, também se riu de vontade.



quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

as Ordens profissionais

as ordens profissionais são instituições de natureza corporativa que têm por função preparar, creditar e regular o exercício de uma profissão liberal, conceder o estatuto de especialista ou perito diferenciado a alguns dos seus membros, regulamentar as relações entre profissionais do mesmo ofício e estabelecer regras de boas práticas e princípios de natureza deontológica e ética próprios da sua atividade. 
com o tempo, algumas dessas profissões liberais evoluíram para estatutos profissionais diversos, por vezes sobrepostos. 
os profissionais liberais tornaram-se também profissionais assalariados, ora como funcionários públicos, ora como funcionários de instituições privadas, muitas vezes propriedade de outros profissionais da mesma profissão. e as ordens, entre elas a dos médicos e a dos advogados, começaram a oscilar entre intervenções e preocupações de natureza profissional liberal e intervenções e preocupações de natureza sindical - umas coloridas com tintas de sindicatos públicos, outras com tintas de sindicatos do setor privado. 
em boa verdade, deixaram de ser "Ordens", no sentido exato do termo. 
dado que, com o passar do tempo e a evolução das sociedades, os filiados de algumas Ordens [como a dos médicos e a dos advogados] passaram a ser predominantemente assalariados, elas começaram, na prática, a assumir funções cada vez mais sindicais, deixando para trás as suas atribuições originais. 
em casos mais recentes, outras Ordens profissionais emanaram e cresceram a partir de sindicatos, o que está em contradição com as necessidades históricas da criação de estruturas reguladoras de profissões livres. 
mas a sindicalização das Ordens é a sua morte. 
os sindicatos fazem isso melhor e com menos entraves, confusões e hipocrisias. 
este enfraquecimento das Ordens manifesta-se em múltiplas perdas e sucessivas desautorizações. designadamente, já nem sequer têm voz nem achamento na determinação do valor dos atos profissionais praticados pelos seus membros, assistindo-se a uma desvalorização progressiva do seu preço. 
atadas de pés e mãos, já sem a sorte grande, resta-lhes a terminação: a ética [ou melhor, a estética ou arte de bem parecer] e o poder de punir. que, curiosamente, partilham com as tutelas, as entidades patronais privadas, a comunicação social e os tribunais.
talvez por isso, os bastonários, os portadores do bastão, se venham multiplicando, hoje em dia, em declarações bombásticas de um reinvindicacionismo e de um radicalismo infantis, que só acrescentam ridículo ao que já não tem substância.

Ordens? passo.





terça-feira, 19 de novembro de 2013

sugestão em forma de apelo

na minha humilde condição de português em grande, daqueles que veem o mundo pelo lado do que existe de comum;
na minha ainda mais humilde condição de galego da Grande Galiza, ou seja, de português do Grande Portugal: 
venho sugerir e apelar a que: 
- as editoras portuguesas, pelo menos as do Norte, e com especial incidência as do Porto, publiquem na nossa ortografia comum, que é a do Acordo Ortográfico de 1990, os texto, os livros, os romances, a ficção, as poesias dos autores galegos reintegracionistas ou simpatizantes do reintegracionismo, evitando assim que muitos deles tenham que se sujeitar aos ditames das editoras galegas submissas à “norma” da RAG; 
- os autores galegos reintegracionistas ou simpatizantes do reintegracionismo, sempre que constrangidos pelas editoras galegas a publicar os seus textos na “norma” da RAG, procurem editoras portuguesas, em especial as do Norte, para divulgação das suas obras.

não sei o que esta sugestão tem de inexequível, porventura de demasiado sonhadora. 
sei que todos ficaríamos a ganhar. 
as editoras portuguesas, e sobretudo as do Norte, pela riqueza intelectual, cultural e artística que os autores galegos aportariam para o seu catálogo; 
os autores galegos pela visibilidade mundial que lhes traria a sua publicação na forma escrita internacional daquela que é a sua e a nossa língua. 

não sei o que esta sugestão tem de inexequível, porventura de demasiado sonhadora. 

mas um dia virá.







sábado, 14 de setembro de 2013

os independentistas maus e os bons independentes

de um modo geral, salvo honrosas e escassas exceções, a imprensa, a blogosfera e as "redes sociais" estão um susto. incomentáveis. de entre o que hoje li, vi e ouvi, apetece-me falar de uma espécie de opinião, segundo a qual "a independência da Catalunha não é um problema de Espanha, mas sim europeu, logo nosso, e um sinal da arrogância dos ricos em relação aos mais pobres".
compreendo. a Espanha não é uma manta de retalhos histórica, linguística e cultural como a Jugoslávia, nem pensar nisso. logo, a Croácia, a Eslovénia, a Bósnia e a Macedónia (Skopje) não deveriam também ser independentes. sobretudo a Eslovénia e, à escala, evidentemente, a sua "arrogância de rica". além disso, tal como na Jugoslávia, em que os novos estados independentes não têm fronteiras naturais entre si, em Espanha também não existem fronteiras naturais (seja isso o que for) com nenhuma das realidades nacionais presentes no Reino e, vejam lá, também não as tem com Portugal, que, por sua vez, tem um direito à independência que as outras realidades nacionais de Espanha (quer dizer, da Península Ibérica) não têm.
já quanto à arrogância dos ricos em relação aos mais pobres, como uma excelente razão para não se ser independente, acho que está na hora de os estados mais pobres da Europa retirarem a independência à Alemanha, à Suécia, à Noruega, à Dinamarca, à Finlândia, ao Luxemburgo, à Bélgica, à Holanda, sei lá.
e então, sim, ficava tudo a bater certo e exterminava-se a arrogância dos ricos em solo europeu. finalmente, não nos compete a nós pronunciar-nos sobre uma questão que só diz respeito a um único povo: o Catalão. nem tampouco aos restantes espanhois. a independência não se dá, conquista-se. e não me consta que os "espanhois" fossem ouvidos a respeito da independência de Portugal. os catalães querem ser independentes? estão no seu pleníssimo direito. tudo o mais só depende deles.

uma nota final:
é curiosa a argumentação segundo a qual os povos ricos não têm direito à independência porque têm o dever de solidariedade com o todo do qual se querem separar. é que se o povo for pobre também não tem direito à independência porque tem falta de "viabilidade económica". isto é, ninguém tem, pelo menos hoje, o direito a autodeterminar-se e a ser independente. assim como está é que está bem. ou seja, conservadorismo radical. já agora, o que significa, afinal, ser independente no contexto europeu? no caso da Catalunha, do País Basco, da Escócia, entre outras realidades novas que se perfilam no horizonte, não significará tanto o desejo de isolamento e auto-suficiência, mas a vontade de participar de direito próprio e em igualdade de circunstâncias com os restantes estados europeus no projeto da União Europeia, sem a intermediação de realidades políticas que os exploram e oprimem.

sábado, 17 de agosto de 2013

neojornalistas?

há uma certa clique jornalística, aparecida não sei de onde, que descobriu os encantos do empobrecimento e da miséria de muitos e da opulência de poucos, da exploração e do individualismo mais egoísta e insolidário. começa a ser penoso ler certos jornais ou assistir a certos comentários na televisão. e eu, que cresci num mundo igual ao que eles querem implantar, começo a sentir-me um extraterrestre. acho que o meu mundo se não morreu está em vias disso. e é que não tenho possibilidade de entender-me com o mundo que me querem impingir. 


até há pouco, havia aqueles neojornalistas que, pela sua manifesta indigência intelectual, nos inspiravam pena ou até vontade de rir. mas agora eles cresceram como cogumelos e têm uma prosódia um tudo nada menos cretina, mais elaborada. a minha questão é: se esta gente não foi recrutada de entre os alunos menos classificados e mais cábulas dos respetivos cursos universitários, que universidades os formaram? que professores, até agora ocultos, lhes incutiram semelhante ideologia? que diabo de escolas temos nós?

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Poemas dos anos 90 - (6)

Poema 6

"não sei de melhor remédio para a dor
que não ter dor.
não tenho sono nem deixo de ter.
antes quero estar assim,
meio a não ser,
entre dormir e não dormir,
entre falar e estar calado,
entre sonhar e ser sonhado...
e se a minha poesia
te perturba,
deixa-me em paz
e vai dar uma curva".

José Cunha-Oliveira

Poemas dos anos 90 - (5)


Poema 5

tenho muito mais fome
do que um home
e 'inda só passaram dez minutos
desde a última vez que pensei nisso.
não te preocupes
porque não tens nada com isso.
se te doi a cabeça
deixa de ler
até que esqueça.


José Cunha-Oliveira

Poemas dos anos 90 - (4)

Poema 4 

"apetece-me presunto com melancia
mas para fazer o molho
era preciso
não me ter esquecido da almotolia.
sendo assim,
saia uma sande de presunto.
ou tu me respondes
ou eu pergunto.
vai dar uma volta ao bilhar grande,
enquanto eu trato da verruga
do ti Alexandre.
ó pai!...
não está bem? então não sai,
e não chateies ninguém.
'tá mal?
ora lê lá a poesia,
lê lá...

José Cunha-Oliveira

Poemas dos anos 90 - (3)

Poema 3

"tenho um poema muito sério
para fazer,
mas isso é um grande problema,
pelo menos para mim.
a bem dizer,
não sei se hei de dizer
aquilo de que me vou esquecer
ou se me hei de esquecer
daquilo que vou dizer,
porque diga ou não diga
doi-me na mesma a barriga.
pensei melhor...
vou ficar calado
e fazer um poema só pensado.
assim tu lês
e penses o que pensares
tanto faz que aceites como não
porque o poema não é meu
é teu..."

José Cunha-Oliveira

Poemas dos anos 90 - (2)

Poema 2

"não me lembres qu' eu existo.
deixa-me 'tar
o pensamento qu'eto.
não me mexas nos botões do abstrato,
deixa-me ficar apenas só,
concreto.
fazes-me lembrar qu' existo.
tenho uma picada num braço
ou comichão num pé.
apetece-me mais um prato de puré e meio
ou um frango de churrasco.
não sei se rima se não,
mas vai muito melhor com um pão.
e com três cálices de tinto
sentir-me-ia melhor do que sinto...
tenho comichão aqui,
ficas aí ou vens cá?
já está.
ora lê lá..."



José Cunha-Oliveira

Poemas dos anos 90 - (1)



Poema 1

"não vou fazer nenhum poema sobre nada.
para qu'eta e calada.
deixa-me ouvir aquela cambada
de zés-ninguéns
a fazerem nada
ou a fazerem de conta
que não fazem nada.
quero qu' eles façam
muito mais do qu' eu.
'tou cheio de preguiça
não sei se fique aqui
se vá à missa.
pensando bem,
prefiro ficar aqui
a correr atrás de ti,
à espera que me apanhes".

José Cunha-Olveira

terça-feira, 28 de maio de 2013

a petshop

a adoção está longe de ser um processo justo.
ao contrário da paternidade normal, biológica, a criança não é acolhida, recebida, aceite. na adoção, a criança é escolhida.
as crianças de uma Instituição esforçam-se por ser simpáticas, não podem escolher ser bonitas, topmodels ou ter os olhos ou o cabelo da cor preferida dos adotantes.






em tempo: esta nota é de 2011, mas, por força de uma correçãozinha a que tive de proceder, emigrou para o dia 28 de maio de 2013. acontece.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

desfaçatez e desvergonha

todos os dias me espanto com a capacidade que tem este governo de passar por cima de tudo e de todos, de normas e leis, de contratos e constituições. um governo ao sabor dos caprichos e dos azeites, que não olha a meios para atingir fins que ninguém, nem ele, sabe quais são. vivemos um momento de tragédia, de arbitrariedade, de insensibilidade absoluta. que morramos, que passemos fome, que não tenhamos com que alimentar e educar os filhos, pouco lhes importa. nem pouco nem muito, nada. somos governados por robôs em forma de gente. por números e por modelos de números, por aprendizes de matemática e de economia. tudo ao jeito da fina finança, dos autores da crise, da crise criminosa, que a pagam não com o dinheiro deles, mas com o nosso. e ainda se atrevem a culpabilizar-nos, a atirar para cima de nós o labéu de termos vivido acima das nossas possibilidades. e o incrível é que há tansos que engolem e aceitam. talvez ainda não tenha chegado a vez deles. ou talvez sejam, simplesmente, tansos.

sexta-feira, 8 de março de 2013

uma discussão absurda e extemporânea (contributo enviado ao GT-AAAO)


A discussão sobre o Acordo Ortográfica é ociosa e inútil. Quem é contra porque sim, porque lhe apetece, é contra porque sim, porque lhe apetece. Quem tem razões para ser a favor continua a ter as mesmas razões. E a principal delas é a defesa do papel da Língua Portuguesa no mundo, como veículo de comunicação internacional.
Mas apesar de toda a “argumentação” contra e de todos os argumentos linguísticos a favor, a questão não é técnica nem científica, é política.
De um lado estão os que defendem uma política da Língua isolacionista e provinciana, aqui e ali sombreada com um nacionalismo triunfalista do segundo terço do século passado; do outro lado, os que defendem uma política da Língua que respeite a igualdade entre todos os países e regiões da Língua, uma política que realce e defenda o seu lugar privilegiado no panorama linguístico do mundo, onde, por força das coisas, o Brasil representa [mais de] três quartos dos falantes.
Não existe Lusofonia com peso no mundo sem o Brasil. Por isso, é natural que uma política da Língua inclua obrigatoriamente o Brasil. Brasil que, ainda por cima, tem uma relevância económica e política mundial que Portugal não tem. 
O Brasil só precisa de nós para ser no mundo mais que uns meros 200 milhões de falantes de uma só Língua; nós precisamos do Brasil para termos a importância que significa falarmos a terceira Língua a nível mundial. Para isso, precisamos de uma norma escrita comum, que, por sinal, fomos nós a destrui-la com a iniciativa legislativa isolada dos republicanos de 1911.
Um século depois, chegou a hora de definir quem somos.
É a hora de atitudes políticas consistentes. É a hora de sermos portadores de uma Língua mundialmente importante ou de sermos uma língua sem qualquer relevância mundial. Os argumentos e as decisões são da política. É para isso que se quer a política.
Se ficarmos isolados, nós, os nove milhões e pico, mais os falsos milhões de certos países lusófonos onde a lusografia e a lusofonia está longe de ser a regra, representamos, na mais otimista das hipóteses, um quarto dos falantes. Ou seja, teremos a importância que merecemos.
Deixemo-nos de discussões ridículas e inúteis.
Claro que a nova ortografia é uma questão política, e não linguística. Uma questão política essencial. É claro que a longa preparação e a assinatura do Acordo, sua ratificação pela Assembleia da República e promulgação pelo Presidente da República foi uma obra política. Assim como é política a sua absurda e ridícula rediscussão.
Se o não fosse, por que razão alguns quereriam referendar uma questão “linguística”? Se o não fosse, por que motivo a Assembleia da República criaria uma Comissão, uma Subcomissão e um Fórum para discutir a coisa? E, já agora, pergunto: os votantes desse tal referendo são [todos] linguistas? os deputados são [todos] linguistas? os contristas são [todos] linguistas? os ignorantes são [todos] linguistas?
E como farão os contristas, se por desgraça tiverem suficiente força para fazer o impensável, quero dizer, voltar atrás? Como irão gerir a miríade de instituições, escolas, organismos do Estado, empresas, editoras e órgãos de comunicação social que já aplicam a nova ortografia? Vão mandar as tropas sobre eles? Vão obriga-los a obedecer? E como, se os contristas foram os primeiros a praticar a desobediência civil? Ir-se-ia, então, assistir a uma desobediência cívica maciça “a contrario”?
Andamos a brincar às ortografias?
A nova ortografia já fez, felizmente, suficiente caminho para ser respeitada e adotada, não só como elemento de lei que é, mas porque uma imensa gente a adotou e pratica.
Para que se faça uma pequena ideia do caminho percorrido pela nova ortografia em Portugal, aqui fica uma listagem, infelizmente incompleta, das entidades que seguem a nova ortografia. Pelos vistos, as dificuldades, impossibilidades, e inconsistências da nova ortografia ninguém as deteta quando a pratica.
Se isto não é um argumento, é o quê?


ADESÕES À NOVA ORTOGRAFIA:

ABA - Associação de Basquetebol de Aveiro,
A Bela e o Monstro Edições, Lda.,
A Bola,
A Cabra – Jornal Universitário de Coimbra,
Academia de Música de Oliveira de Azeméis,
Academia Internacional de Música Aquiles delle Vigne,
Ação e Tratamentos (revista do GAT),
Ação Missionária,
ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal,
A Cores - Associação de Apoio a Crianças e Jovens em Risco,
Açoriano Oriental,
ACP - revista,
ADSE,
AEIOU,
AEP - Associação Empresarial de Portugal,
Agência Financeira,
Agência LUSA,
AGLP - Academia Galega da Língua Portuguesa (Galiza),
Algarve Mais,
Águas de Coimbra,
Algarve Notícias,
Amnistia Internacional - Portugal,
ANJE - Associação Nacional de Jovens Empresários,
APEL - Associação Portuguesa de Editores e Livreiros,
APPDA Coimbra,
Apple,
A.R.Andrade - Coimbra,
Areal Editora,
ARS Algarve,
ARS Centro,
ARS Norte,
Assembleia da República,
Associação Artística Vimaranense,
Associação Empresarial de Amarante,
Associação Empresarial de Paços de Ferreira,
Associaçom Galega da Língua (Galiza),
Associação Internacional Colóquios da Lusofonia,
Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar, 
Atrium Solum (Coimbra),
Audiência,
AutoFoco,
Auto hoje,
Autoridade Tributária e Aduaneira online,
AutoSport,
A Voz da Figueira,
A Voz de Cambra,
A Voz de Ermesinde,
A Voz de Loulé,
A Voz de Trás-os-Montes,
Azeite Gallo,
Banco BIC
Barclays,
Barlavento,
Bebé Vida,
Benfica TV,
Bertrand Livreiros,
BES - Banco Espírito Santo,
Biblioteca da Figueira da Foz
Bike,
Bio - Canal (TV),
BlueTicket,
BMW,
Boletim de Notícias
Bulas dos medicamentos,
Centro TV,
CidadeVIVA,
Closet magazine,
CM -TV,
Deco / Proteste,
Dicionário Estraviz (Galiza),
Diário da República,
Escolas,
O Despertar (Coimbra),
Jogos Santa Casa,
RTP,
SIC,
TVI,
CAE – Centro de Artes e Espetáculos – Figueira da Foz,
Calzedonia,
Canal Odisseia,
Clube de Ténis de Coimbra,
Câmara Municipal de Abrantes,
Câmara Municipal de Águeda,
Câmara Municipal de Alcobaça,
Câmara Municipal de Alcoutim,
Câmara Municipal de Alenquer,
Câmara Municipal de Alfândega da Fé,
Câmara Municipal de Aljustrel,
Câmara Municipal de Almada,
Câmara Municipal de Almeirim,
Câmara Municipal da Amadora,
Câmara Municipal de Amarante,
Câmara Municipal de Anadia,
Câmara Municipal de Ansião,
Câmara Municipal de Armamar,
Câmara Municipal de Arouca,
Câmara Municipal de Arraiolos,
Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos,
Câmara Municipal de Aveiro,
Câmara Municipal de Barcelos,
Câmara Municipal do Barreiro,
Câmara Municipal de Beja,
Câmara Municipal de Braga,
Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto,
Câmara Municipal do Cadaval,
Câmara Municipal da Calheta (Açores),
Câmara Municipal de Câmara de Lobos (Madeira),
Câmara Municipal de Caminha,
Câmara Municipal de Cantanhede,
Câmara Municipal de Carregal do Sal,
Câmara Municipal do Cartaxo,
Câmara Municipal de Cascais,
Câmara Municipal de Castelo Branco,
Câmara Municipal de Castelo de Vide,
Câmara Municipal de Celorico de Basto,
Câmara Municipal de Coimbra,
Câmara Municipal de Constância,
Câmara Municipal do Entroncamento,
Câmara Municipal de Espinho,
Câmara Municipal de Estremoz,
Câmara Municipal de Évora,
Câmara Municipal de Fafe,
Câmara Municipal de Faro,
Câmara Municipal de Felgueiras,
Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere,
Câmara Municipal da Figueira da Foz,
Câmara Municipal do Funchal,
Câmara Municipal de Gondomar,
Câmara Municipal da Guarda,
Câmara Municipal de Guimarães,
Câmara Municipal da Horta (Açores),
Câmara Municipal de Lagoa (Açores),
Câmara Municipal de Lagos,
Câmara Municipal de Lamego,
Câmara Municipal de Lisboa,
Câmara Municipal de Loures,
Câmara Municipal da Lousã,
Câmara Municipal de Mangualde,
Câmara Municipal da Marinha Grande,
Câmara Municipal de Matosinhos,
Câmara Municipal da Mealhada,
Câmara Municipal de Monção,
Câmara Municipal de Montalegre,
Câmara Municipal de Mortágua,
Câmara Municipal de Murça,
Câmara Municipal da Nazaré,
Câmara Municipal de Nisa,
Câmara Municipal de Odemira,
Câmara Municipal de Odivelas,
Câmara Municipal de Olhão,
Câmara Municipal de Ovar,
Câmara Municipal de Paços de Ferreira,
Câmara Municipal de Palmela,
Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra,
Câmara Municipal de Penacova,
Câmara Municipal de Peniche,
Câmara Municipal de Peso da Régua,
Câmara Municipal de Pinhel,
Câmara Municipal de Ponta Delgada (Açores),
Câmara Municipal de Portimão,
Câmara Municipal do Porto,
Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz,
Câmara Municipal de Resende,
Câmara Municipal de Rio Maior,
Câmara Municipal de Santa Cruz (Madeira),
Câmara Municipal de Sardoal,
Câmara Municipal de Sátão,
Câmara Municipal de Seia,
Câmara Municipal do Seixal,
Câmara Municipal de Serpa,
Câmara Municipal da Sertã,
Câmara Municipal de Sesimbra,
Câmara Municipal de Setúbal ,
Câmara Municipal de Silves,
Câmara Municipal de Tavira,
Câmara Municipal de Tondela,
Câmara Municipal de Torres Vedras,
Câmara Municipal de Vagos,
Câmara Municipal de Valença,
Câmara Municipal de Valongo,
Câmara Municipal de Vendas Novas,
Câmara Municipal de Vila do Bispo,
Câmara Municipal de Vila do Porto (Açores),
Câmara Municipal de Vila Franca de Xira,
Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar,
Câmara Municipal de Viseu,
Câmara Municipal de Vizela,
Câmara Municipal de Vouzela,
Canal Discovery (TV),
Canal História (TV),
Cáritas Diocesana de Coimbra,
Cáritas Portuguesa,
Carros,
Casa das Letras Editora,
Casino da Figueira, 
Castelo de Vide InformAÇÃO,
Catálogo IKEA,
Catálogo Yves Rocher,
Centro Cirúrgico de Coimbra,
Centro Cultural de Belém - CCB,
Centro Cultural de Cascais,
Centro Cultural de Ílhavo,
Centro Cultural Palácio do Egipto - Oeiras,
Centro Cultural Vila Flor – Guimarães,
Centro de Formação Gaia Nascente,
Cerveja Sagres,
Cerveja Superbock,
CHUC - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra,
CIP – Confederação Empresarial de Portugal,
Círculo de Leitores,
Clínica Cirúrgica de Coimbra,
CNC – Centro Nacional de Cultura,
CoimbraShopping,
Comércio do Seixal e Sesimbra,
Comissão Europeia,
Conservatório Regional de Música de Coimbra,
Continente,
Correio da Beira Serra (Oliveira do Hospital),
Correio da Manhã,
Correio da Trofa,
Correio de Azemeis,
Cosmopolitan,
Courrier internacional,
CTT - Correios de Portugal,
Decathlon,
Destak,
Diário Atual,
Diário de Notícias,
Diário Digital,
Diário de Trás-os-Montes,
Diário do Alentejo (Beja),
Diário Insular,
Diário do Minho (Braga,)
DiariOnline,
Dica da Semana (LIDL),
Dinheiro Vivo,
Direção-Geral da Administração Escolar
Direção-Geral da Administração da Justiça  
Direção-Geral das Artes,
Direção-Geral de Alimentação e Veterinária,
Direção-Geral de Arquivos,
Direção-Geral da Educação,
Direção-Geral de Estabelecimentos Escolares,
Direção-Geral do Orçamento,
Direção-Geral do Património Cultural,
Direção-Geral da Política do Mar 
Direção-Geral da Saúde,
Direção-Geral do Território,
Direção Regional de Cultura do Centro,
Disney COMIX,
Down Town, restaurants & Co.,
DREC - Direção Regional de Educação do Centro,
DREN – Direção Regional de Educação do Norte,
Editorial ASA,
Editorial Caminho,
Editora Areal,
Editorial Sextante,
EDP Comercial,
Editorial Presença,
Editorial Saída de Emergência,
Editorial Sebenta,
EFAPEL,
Elle,
EMAF,
EPUL,
ERA,
ERC - Entidade Reguladora para a Comunicação Social,
Escolas do Ensino Básico,
Escola Superior de Enfermagem de Coimbra,
Escola Superior de Enfermagem de Lisboa,
Escola Superior de Enfermagem do Porto,
Esperança Salvar,
Estradas de Portugal 
Euronews,
Evasões,
EXAME informática,
Exploratório (Coimbra),
Expresso,
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa,
FENPROF,
FM Group,
FPF 360,
Flickr,
FNAC,
Folha do Domingo,
Foz Plaza (Figueira da Foz),
FOX - canais TV,
Fundação ADFP - Miranda do Corvo,
Fundação Calouste Gulbenkian,
Fundação da Mata do Buçaco,
Fundação José Saramago,
Fundação Portuguesa de Cardiologia,
Fundação Serralves,
Gadget e PC (revista),
Gailivro Editora,
GAT - Grupo Português de Ativistas sobre Tratamento de VIH/sida,
Gineco - Serviços Médicos de Imagem, S. A. (Porto),
Google,
GQ,
Grande Loja Legal de Portugal-GLRP,
Grupeme, 
Grupo de Capoeira Farol da Ilha - Coimbra,
Grupo Mota ENGIL,
Grupo Musical Santa Cruz (Música Popular Portuguesa) - Póvoa de Varzim,
Grupo SoftReis,
Guimarães Arte e Cultura,
Hospital Veterinário Universitário de Coimbra,
Hotel da Música (Porto),
House Trends (Revista),
Idealmed (Coimbra),
Ideias de Ler Editora,
iMed,
ILTEC - Institutode Linguística Teórica e Computacional,
Imo,
Imperdível - Loja galego-portuguesa (Galiza),
IMTT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres,
INCM - Imprensa Nacional Casa da Moeda,
Independente de Cantanhede,
INFARMED,
InfoCaixa (Caixa Geral de Depósitos),
Inspeção-Geral da Educação 
Instituto Nacional de Aviação Civil,
INML – Instituto Nacional de Medicina Legal,
INSA - Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge,
Interiores (revista),
iPorto - Agenda Metropolitana da Cultura
Instituto Politécnico de Coimbra 
Instituto Superior Bissaya Barreto – Coimbra,
Instituto Superior Miguel Torga – Coimbra,
J. C. Decaux,
Jornal do Algarve,
Jornal da Bairrada,
JL - Jornal de Letras Artes e Ideias,
Jornal Açores 9,
Jornal das Caldas,
Jornal das Oficinas,
Jornal de Estremoz,
Jornal de Notícias,
Jornal do Centro (impresso),
Jornal do Fundão,
Jornal Médico,
jornal O Ponto (Vagos),
Jornal dos Profissionais de Cabeleireiro,
Joshua´s Shoarma Grill,
Jumbo,
KidZania,
La Redoute,
Leiria Económica,
LeyaBIS – Livros de Bolso,
Leroy-Merlin,
Lidador notícias,
LIDEL,
Lidl,
Lilly,
Lions Clubs International - Distrito Múltiplo 115 Portugal,
Livraria Bertrand,
Livraria L.E.R. – Coimbra,
Lux,
MaisEducativa,
Mais Futebol,
Maria (revista),
Médicos do Centro - revista da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos,
McDonald's,
Mensageiro de Bragança,
Men''s Health,
MEO,
Metro,
Millennium BCP,
Mister Bob,
Moda Noiva/Moda Noivo,
Moncorvo Notícias,
Montepio,
Montes e Vales,
MultiÓpticas,
Mundo Português, 
Município de Monção - Agenda Cultural,
Museu da Ciência – Universidade de Coimbra,
Museu da Eletricidade (Fundação EDP),
Museu Interativo (Fátima),
Museu Machado de Castro (Coimbra),
MyMedicineOne,
National Geographic (Canal TV),
Nestlé,
Netfarma - portal dos profissionais do setor farmacêutico
NewsBBC Portugal
Nintendo,
Norauto,
Notícias ao Minuto,
Notícias de Coimbra,
Notícias do Centro,
Nova Cozinha Tradicional,
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(Lista em atualização. Não estão incluidas as [muitas] câmaras municipais, organismos públicos e privados, empresas e sindicatos e centrais sindicais e patronais que se encontram em período de transição e que, portanto, praticam as duas ortografias em 2013).

Coimbra, 27 de fevereiro de 2013

José Cunha-Oliveira
Médico

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

política [da Língua]

a discussão sobre o Acordo Ortográfica é ociosa e inútil. quem é contra porque sim, porque lhe apetece, é contra porque sim, porque lhe apetece e [a]bonda. quem tem razões para ser a favor continua a ter as mesmas razões. 
a questão não é técnica nem científica, é política. 
de um lado estão os que defendem uma política da Língua isolacionista e bacoca, aqui e ali adubada com um truculento nacionalismo triunfalista do segundo terço do século passado; do outro lado, os que defendem uma política da Língua que respeite a igualdade entre todos os países e regiões da Língua, uma política que realce e defenda o seu lugar privilegiado no panorama linguístico do mundo, onde, por força das coisas, o Brasil representa [mais de] três quartos dos falantes. 
não existe Lusofonia com peso no mundo sem o Brasil. por isso, é natural que uma política da Língua inclua obrigatoriamente o Brasil. Brasil que, ainda por cima, tem uma relevância económica e política mundial que Portugal não tem. 
o Brasil só precisa de nós para ser no mundo mais que uns meros 200 milhões de falantes de uma só Língua; nós precisamos do Brasil para termos a importância que significa falarmos a terceira Língua a nível mundial. para isso, precisamos de uma norma escrita comum, que, por sinal, fomos nós a destrui-la com a iniciativa legislativa isolada dos republicanos de 1911. 
um século depois, chegou a hora de definir quem somos. 
é a hora de atitudes políticas consistentes. é a hora de sermos portadores de uma Língua mundialmente importante ou de sermos uma língua sem qualquer relevância mundial. 
os argumentos e as decisões são da política. é para isso que se quer a política. 
se ficarmos isolados, nós, os nove milhões e pico, mais os falsos milhões de certos países lusófonos onde a lusografia e a lusofonia está longe de ser a regra, representamos, na mais otimista das hipóteses, um quarto dos falantes. ou seja, temos a importância que merecemos. 
deixemo-nos de discussões ridículas e inúteis. claro que a nova ortografia é uma questão política, e não linguística. uma questão política essencial. 
é claro que a longa preparação e a assinatura do Acordo, sua ratificação pela Assembleia da República e promulgação pelo Presidente da República foi uma obra política. assim como é política a sua absurda rediscussão. 
se o não fosse, por que razão alguns quereriam referendar uma questão “linguística”? se o não fosse, por que motivo a Assembleia da República criaria uma Comissão, uma Subcomissão e um Fórum para discutir a coisa? 
já agora, pergunto: os votantes desse tal referendo são [todos] linguistas? os deputados são [todos] linguistas? os contristas são [todos] linguistas? os ignorantes são [todos] linguistas?


pois é, a nova ortografia é uma questão essencial de política da Língua...

sábado, 2 de fevereiro de 2013

o pastor Valdecir

o pastor Valdecir, de uma cidadezinha do estado de Goiás, foi preso sob a acusação de abusar sexualmente das mulheres, utilizando o pretexto que teria o pénis abençoado.

segundo uma jovem de 23 anos que com ele partilhou experiências místicas, "o pastor convencia-nos de que deus só entra na nossa vida pela boca -  e por isso nós deixámo-lo fazer o que ele queria»; "muitas vezes, depois do culto, o pastor levava-nos para um terreno atrás da igreja e pedia que lhe fizéssemos sexo oral até o espírito santo aparecer».

a delegada da região diz que Valdecir foi apanhado em flagrante enquanto praticava atos sexuais com uma comerciante, a quem prometera mais sorte no negócio se se deixasse derramar pelo divino fluido.

a delegada conta ainda que o pastor não resistiu à detenção: «quando prendemos o senhor Valdecir, ele não ofereceu resistência e no caminho para a delegacia ainda perguntou se eu queria fazer parte do reino dos céus".



é isso aí, Valdecir...








sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

a elite parola


sobre a nova ortografia levanta-se novo acesso febril. agora aproveitando o alargamento do período de transição (e não de suspensão ou adiamento da vigência do Acordo), por parte do governo brasileiro ou, se calhar também, pela mudança de secretário de Estado da Cultura. vá lá o diabo saber ao certo. o certo é que a elite parola portuguesa não para de lutar contra o interesse nacional e contra o interesse da Língua Portuguesa no mundo.
as contas são boas de fazer. somos 240 milhões de falantes e escreventes da Língua. mas só os brasileiros são 180 milhões. quer dizer, o Brasil representa 3/4 da Língua, nós e os restantes, 1/4  (e deste 1/4, como é sabido, nem todos são bem-bem lusofalantes e muito menos bem-bem lusoescreventes).

é bom de ver que, no caso de não harmonizarmos as nossas normas escritas, se não houver uma norma comum, sempre que a nível internacional se tenha de escrever em Língua Portuguesa a norma utilizada será a brasileira. isso já se verifica em documentos da própria União Europeia.

como é bom de ver, o Brasil não precisa de nós para nada. nós é que precisamos que o Brasil adira a um Acordo connosco. caso contrário, ficaremos dependentes da norma brasileira. e é muito bem feito.

mas a estupidez da elite parola portuguesa não chega lá. prefere ser autocontemplativa, auto-suficiente e pequenina.

e pior: a elite parola já não argumenta, já não dá razões. diz que a nova ortografia é "desconchavada", "pessimamente fundada" e "inútil". a elite parola é assim: decreta e já está. politicamente correta, estúpida e gravemente daninha para o País e para a Língua Portuguesa. 

gente fina é outra coisa...

que deus vos perdoe.

..............................................
PS: o que estamos a assistir é a uma rivalidade Angola-Brasil, que teríamos obrigação histórica de apaziguar e resolver, no superior interesse da Língua e da Cultura Portuguesas. pelo meio, metem-se uns pequenos interesses editoriais e umas pequenas vaidades intelectuais com medo que o Brasil os coma, em lugar de verem no Brasil uma enorme oportunidade de expansão. enfim, a inteligência ainda não é obrigatória...