quinta-feira, 15 de abril de 2021

a Coelima

a Coelima (de Albano Coelho Lima), em Pevidém, São Jorge de Selho, Guimarães, era, na minha juventude, o exemplo da indústria mais moderna e da administração mais favorável aos trabalhadores, na base da doutrina política da Democracia Cristã. os trabalhadores da Coelima, pelos seus privilégios, faziam inveja a todos os outros trabalhadores, funcionários públicos incluídos. era a maior empresa têxtil do país e, há quem diga, do mundo. a pouco mais de um quilómetro de minha casa, era a realização dos sonhos dos proletários, rapidamente impelidos para a classe média, com direto a comprar carro e tudo. tinham, além do mais, acesso a um hipermercado próprio, com preços muito abaixo dos preços de mercado da época. olhavam com superioridade e desdém as outras classes, incluindo as classes até aí “superiores” à sua. mais tarde, a Coelima dava-se ao luxo de ter uma equipa própria de ciclismo. ruiu, escangalhou-se. nada dura para sempre. (outras Coelimas virão).

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