quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

subsidiar os banqueiros com o dinheiro do povo

o pensamento de uma certa esquerda tem destas coisas. enchem outdoors por aí clamando contra a ajuda do Estado à banca e aos banqueiros com o "dinheiro do povo". mas é pena que o pensamento dessa gente seja tão facioso e vesgo a ponto de as fazer dizer coisas sem sentido. o aval do Estado aos bancos em dificuldade destina-se a salvar os depósitos e as mil e uma aplicações e fundos, impingidos pelos banqueiros às pessoas, ou seja, ao tal "povo", e que agora estão em risco sério de não terem nem o retorno pretendido ou sequer retorno nenhum. se fôssemos pela conversa desta gente, isto é, se o Estado chutasse para canto ou assobiasse para o lado, era o que acontecia a todos os portugueses e portuguesas que confiaram as suas poupanças aos bancos.
os banqueiros? esses não precisam do Estado para nada, já ganharam tudo o que tinham a ganhar ou a roubar, como se diz no prêt-à-penser. e com a nacionalização saem de cena, largam os bancos, mudam de azimute. alguns irão mesmo passar uns anos de férias compulsivas numa residência protegida.
o Estado faz sempre um bom negócio: se a coisa corre bem, não gasta um tostão, pois é disso mesmo que se trata "dar o aval"; se a coisa corre mal, nacionaliza o banco, compra-o barato ou de graça, safa o banco e vende-o caro, pois tamém é disso que se trata quando a coisa passa a ter de intervir o avalista . onde é que está o problema?
e não é esta gente que vai nacionalizar este mundo e o outro se algum dia chegar ao poder, como em 1974-75? onde é que está a coerência?
"nacionalizado, nosso", lembram-se?

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