quarta-feira, 21 de novembro de 2012

o touro e o burro


temos o Natal à porta. aquele tempo em que o sol se lembrou de re-nascer precisamente no mesmo dia em que se diz que Jesus nasceu: o solstício de inverno. aquele tempo mágico, repleto de des-razões e emoções, de maravilhas e inconsistências, de pastores que saem das inverneiras a caminho das brandas, em sentido contrário às estações. de ovelhas que pastam onde devia estar a neve. aquele tempo do boi solar e do burro da escuridão. aquele tempo de Mitra. aquele tempo dos presentes, dos Reis Magos, das chaminés, do alegre pinheiro, do Pai Natal e das renas. aquele tempo coreografado por Francisco de Assis na representação do presépio. 
não sei que raio deu ao Dr. Ratzinger, teólogo das coisas, papa Bento XVI. diz que o touro e o burro nunca estiveram lá. é claro que não. nem o burro, nem o touro, nem o resto. mas era escusado destruir a magia da coisa.


e quem deu o tiro no próprio pé que faça o curativo.



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