sábado, 13 de setembro de 2008

pagar a dobrar

esta coisa de ser contribuinte a 40% chateia-me um bocado. não que eu não queira contribuir, sou até um contribuinte frequentador e assíduo. o que sucede é que não ganho nada com isso, só perco.
vou levar a pequena à escola, e o que sucede: há um preço para cada escalão de IRS. e, obviamente, eu que já paguei mais impostos que os outros, tenho que pagar mais pelo mesmo serviço.
vou ao hospital curar um panarício, levar uns pontos no sobrolho, investigar de onde vem a minha tosse, e o que sucede: há uma taxa moderadora para mim, que contribuo a 40%, e um cidadão que contribua a 10%, ou menos, não paga taxa nenhuma e ainda se acha com direitos especiais porque "desconta".
e poderia multiplicar os exemplos desta história do preço dos serviços, mas não me apetece.
feita a tal distribuição corretora dos rendimentos proporcionada pelo fisco, não será lógico que o preço dos serviços seja igual no fim? ou então, já que tenho de pagar mais pelo serviço, que este me seja prestado com um plus de qualidade? pois a verdade é que não só não tenho plus nenhum como ainda me tratam abaixo de cão.

imaginem que tínhamos de pagar impostos para sustentar uma rede de supermercados públicos.
lá vinha o mesmo raciocínio: aquele paga mais impostos, logo tem que levar a carne, os ovos, o peixe e a hortaliça pelo escalão do IRS que paga.

não seria melhor mandar os impostos às urtigas? já esteve mais longe. a inveja aos "altos rendimentos" alastra. é proibido ser rico ou viver desafogado. a ideologia pobretana impera.
impõem um teto às reformas. descontámos para 100, dão-nos 50.
o problema é que se acabarem os "ricos" acaba a receita dos impostos. e ficam mais pobres os que já são e os que ainda não são.

e até que era bem feita.





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