segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

MGF

vamos lá falar de coisas sérias. hoje é o Dia Internacional da Tolerância Zero para a Mutilação Genital Feminina (MGF). não posso estar mais de acordo com o dia e com a repressão total dessa prática. o que eu acho um bocado disparatada é a importância que se dá e o alarido que se está a fazer em Portugal sobre o tema. Portugal é um país de MGF? Portugal fica aonde, afinal? alguém quer ganhar notoriedade pública e fazer carreira no ministério da Saúde ou na política com um temeco sem interesse prático nenhum e que, ainda por cima, da maneira que é posto, nos coloca mal em termos de imagem internacional. essa questão, estatisticamente minorca e confinada a um certo núcleo de imigrantes, já tem melhor ministério para tratar dela: o ministério da Justiça.
outros países europeus terão mais razões para se preocupar com isso do que nós.
diz quem diz, ou seja, a "responsável pelo departamento de saúde reprodutiva da Direção-Geral da Saúde" : "em Portugal ainda não há números, mas o facto de não existirem dados estatísticos “não significa que [a MGF] não seja uma realidade”. ora aí está: isto não são factos, não são números, não é nada. é o mesmo que dizer que "em Portugal ainda não há dados sobre o número de imbecis, mas o facto de não haver números não significa que a imbecilidade não exista".
isto é um abuso da nossa credulidade, um alarmismo patético. apontem números e digam aonde é que em Portugal há MGF. e entreguem os casos à Justiça, ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, sei lá, mas não à Saúde. se fazem favor.

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